Tratamento de Fístula Anal

A fístula anal é um trajeto que comunica a região interna do canal anal com a região externa, perto ao ânus.

Ela geralmente surge de uma inflamação de uma glândula de dentro do canal anal que começa a eliminar secreção. Esta secreção tentará encontrar um caminho para ser eliminada, formando a fístula.

Algumas doenças autoimunes do intestino, como a doença de Crohn, podem causar fístulas anais.

O tratamento da fístula é sempre cirúrgico e, atualmente, existem diversas técnicas minimamente invasivas para o seu tratamento.

O laser diodo consiste no uso de uma fibra que é introduzida pelo orifício (furinho) externo da fístula. Neste caso conseguimos aplicar o laser em todo o trajeto da fístula, para realizar o seu tratamento. O laser não deve ser utilizado em caso de secreção em excesso, pois, neste caso, a chance de falha de tratamento é alta.

Em casos em que há grande acúmulo de secreção ou em fístulas complexas e profundas (fístulas que fazem curvas e possuem várias ramificações), é necessário realizar drenagem prévia com o sedenho ou seton (dreno emborrachado) para eliminação da secreção e cicatrização.

Em uma segunda cirurgia, o dreno será retirado e a fístula será tratada.

Perguntas frequentes:

Qual a diferença entre o tratamento convencional (com dreno) e à laser?

O tratamento à laser é minimamente invasivo e a ferida é menor (apenas um furinho). O tratamento convencional (com dreno) necessita de mais de uma cirurgia e a ferida é maior.

Por quê no tratamento convencional não podemos apenas retirar toda a fístula com corte?

A fístula atravessa a musculatura do ânus. Em casos que o acometimento da musculatura é muito extenso, não é possível realizar o corte, pelo risco de lesão da musculatura nal e risco de incontinência (perda involuntária de fezes por danos à musculatura anal).

Existem outras opções?

Sim. Para fístulas pequenas e sem secreção, podemos utilizar as colas de fibrina. A cola estimula a cicatrização de pequenas fístulas e é aplicada no trajeto da fístula. Porém, este tratamento tem maior chance de falha.

Caso você tenha mais alguma dúvida, que tal assistir nosso vídeo no Youtube sobre o assunto?

Dra. Raissa Carvalho | Proctologista e Cirurgiã Geral

CRM: 197816 | RQE: 111282